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sexta-feira, 3 de abril de 2009

ENTREVISTA COM MARCUS CIDA NO SITE FREEDAY SOBRE A CARTEIRA ASSINADA

A edição de fevereiro da revista Trip destacou uma das grandes conquistas dos skatistas brasileiros do últimos tempos: a carteira assinada. Para um profissional, e não só do skate, ter este documento é prova de reconhecimento e respeito por parte da empresa. Conversamos um pouco com Marcus Cida sobre este assunto que sempre vale a pena tratar.


Qual a importância da carteira assinada para você, como skatista e cidadão?
Como skatista foi a maior conquista profissional que poderíamos ter todos os benefícios que a empresa oferece aos demais funcionários: INSS, FGTS, Férias e 13.º salário, auxilio estudante, convênio médico, convênio com farmácia e em especial seguro contra acidente de trabalho para atletas profissionais.

Acha que pagar imposto te dá mais direito re reivindicar pistas para o governo, por exemplo?
Tudo que consumimos tem uma grande parte de impostos. Além da carteira de trabalho ainda tenho loja de skate, é um absurdo a quantia que pagamos pelos impostos. E quando precisamos de uma contrapartida da prefeitura, como está acontecendo em Porto Alegre, que a verba de duas pistas já foram aprovadas a mais de dois anos e até hoje não foram liberadas para a construção das pistas

O que a tua família achou desta atitude da Freeday?
Nunca tive pressão dos meus pais, ando de skate desde os oito anos e nunca dei trabalho para família, com certeza o futuro dos filhos é uma preocupação, já estou há quase nove anos na Freeday e minha família gostou muito desta conquista!
A carteira assinada é uma prova que o skate vem evoluindo constantemente a ponto de ser o 2º esporte mais praticado do Brasil, fonte de pesquisa do Data Folha do ano passado.

A carteira assinada te motiva a andar mais e melhor de skate?
Acho que não podemos misturar as coisas. Andar de skate na minha opinião, em primeiro lugar, tem que ser por satisfação própria em superar os limites, aprender manobras, andar com os amigos, isso é skate para mim. Em segundo lugar vem o profissionalismo e a responsabilidade com a marca, que é muito importante e completam a nossa função de retorno a marca. A carteira assinada me motiva a andar com a cabeça tranquila, ser mais profissional e me dedicar mais e mais...

Conta um pouco como foi esta a matéria que saiu na revista Trip sobre o asssunto da carteira assinada.
Achei legal poder passar essa mensagem de valorização que conquistamos, deste marco histórico da evolução do skate nacional. Que essa atitude da Freeday sirva de exemplo para as outras marcas e também para com outros esportes que ainda trabalham com contratos ou prestação de serviço de uso de imagem.

Acha que esta atitude muda os olhos da imprensa e opinião pública sobre o skate e skatistas?
Acredito que com essa mudança, o skate passou a ser mais valorizado, não só pelos atletas, praticantes e imprensa, mas pela sociedade em geral. Mostrando que esse esporte está crescendo cada vez mais, movimentado o mercado não só do esporte como também moda, comunicação e inclusão social. Por exemplo o skate é um dos poucos esportes que não precisam das olimpíadas e jogos Panamericanos para se promover. Já temos um mercado estável, precisamos de lugares bons para a prática, assim podendo nos desenvolver e se estruturar.

O fato de ter carteira assinada te deu mais certeza de que você é um profissional do skate?
A Freeday, foi a primeira marca de skate a assinar a carteira de trabalho de seu atletas, tenho orgulho de fazer parte desta equipe, é mais que um incentivo para ser um bom profissional, é uma segurança para o futuro!

Carteira de trabalho de Skatista Profissional


Revista Trip fevereiro com a matéria da carteira assinada e entrevista com Bob Burnquist

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